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  • Foto do escritorThiago Barcellos

ALF: a triste sina dum sitcom dos anos 80 que virou um game horripilante do Master System

Atualizado: 13 de set. de 2021



ALF, o ETeimoso (título brasileiro que extravasa as raias da patifaria), foi um sitcom dos tempos áureos que, quem nunca viu, pelo menos já ouviu falar - para o bem ou para o mal. Esse seriado produzido entre 1986 e 1990, girava em torno de ALF, um extraterreno rabugento que só, oriundo dum tal planeta Melmac e que foi parar na Terra por causa de sua nave avariada. A criatura acabou sendo adotada por uma família tipicamente americana e de classe média da Califórnia.


Acontece que esse mesmo ALF, um bicho de pelúcia e de nariz fálico (na verdade, protagonizado pelo ator húngaro Mihaly Meszaros), ganhou um joguete todinho dele pro famoso vídeo game da Sega, o Master System, em 1989.


Já na tela de título do game, o incauto jogador é apresentado a uma pixel-art das mais infames, um registro constrangedor do exato momento em que ALF, acidentalmente, senta em sua bolsa escrotal.



Para começar, se trata de um adventure que deixa aberta a possibilidade de se ficar permanentemente preso em algum puzzle inescrutável, mesmo para as maiores mentes, dentre todas as constelações do universo, de Andrômeda a Melmac.


Vocês não têm a pálida ideia do que se trata.


Tento interagir com a geladeira mas, de repente, o botão 1, que até bem pouco tempo permitia a ação sobre os objetos, não mais funciona e sim o botão 2.


É como se cada tela fosse feita por uma pessoa diferente.


Passei um bom tempo tentando descobrir como fazer o personagem subir escadas. Acabei conseguindo, mas não saberia dizer como. Ensandecido de cólera, pressionei todos os botões ao mesmo tempo enquanto vociferava palavrões para o vazio. E, pimba, funcionou.



Eu não aguento. Não aguento esse loop musical. Principalmente quando ele é acrescido de um senhor idoso (e sem joelhos) vindo mancando em minha direção na tentativa de arrancar meu testículo restante.


Eu abaixo a música.


Eu juro, não suporto mais. Me sinto como se estivesse prestes a sofrer um AVC hemorrágico. O som é estridente num nível de dar pane em sistemas de rotas geoestacionárias de satélites.



Azar. Posso até acabar meus dias numa instituição para transtornos mentais, mas se eu liguei o console eu vou jogar como pretendido.


Aviões pequenos da Fisher-Price passam voando; ratazanas infectadas com césio me matam só de tocar meu tornozelo; velhos pedófilos insistentes e, claro, a música que tocou funeral de satanás.



E é isso.


Esse é literalmente o final completo. Vocês não perderam nada. Isso mesmo; vocês. Pois eu nunca vou ter minha vida de volta.



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