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  • Foto do escritorThiago Barcellos

Almodóvar, artista de altos e baixos.




Apesar da recente filmografia irregular (Julieta, 2016), do excesso kitsch, da verborragia hispânica e do palavratório às vezes cansativo, Pedro Almodóvar ainda é um mestre da narrativa fílmica.


Volver (2006) é um bom exemplo: o filme tem como mote o doloroso processo do regresso.

São os “fantasmas críveis” que vez ou outra, batalham pra voltar a existir.

É no registro do cotidiano da Raimunda de Penélope Cruz que um passado cheio de nuances sombrias insiste em voltar.


Seja na urgência das portas que batem às altas horas, no regresso ao lago da infância, na reprise do antigo filme italiano na TV.


Ano após ano, obra após obra, Almodóvar – este espanhol de Ciudade Real da região de Castilla-La Mancha – vem se firmando como um cineasta inevitável.


Cineasta esse educado por salesianos, amigo de Caetano Veloso, com uma queda pelo cafona, pelo melodrama doidivana, pela degradação da gente comum, pelas cores berrantes, pelo Technicolor.


Em A pele que habito (2011) é impossível imaginar, no início, em como a narrativa do filme vai se estender, aos meandros que perpassa e até onde chega.





Um dos grandes baratos é ir descobrindo aos poucos, juntamente com a história, suas infinitas sinuosidades, caminhos e suas digressões.


Ainda que qualquer adjetivo sobre sua obra, para o bem ou para o mal, seja diminuir o que se vê em tela com mera banalidade das palavras.


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