Thiago Barcellos
Respondendo às cartinhas dos leitores do blog

Tenho recebido muitas cartinhas fofas de leitores.
Gostaria de responder a todas, exceto aquelas que me pedem o contato de Whatsapp, o que posso responder por aqui: não possuo quaisquer aplicativos de comunicação instantânea em meu aparelho telefônico. Peço, portanto, a cortesia de não insistir.
Recebi, coisa de uma semana, uma carta desproporcional (em número de laudas), mas engraçadíssima de um cavalheiro que notou o tom sarcástico dos meus escritos aqui no blog. Thanks, amigo, pensei que só eu e minha mulher notávamos.
Ele vai adiante e lamenta que teve certas dificuldades com alguns de meus textos (se você soubesse das minhas), pela linguagem complicada e do meu excesso de erudição. Ora, a minha linguagem é coloquialíssima. Algumas crônicas sobre os jogos de Mega Drive que desço inclementemente o malho, são fruto de décadas de insultos que tive que tolerar a cada final de semana na adolescência. Meus sábados, na companhia desses bacilos infecciosos, me transformaram nesse cínico desalmado. Só quis ser fiel a mim mesmo.

O leitor me ainda pede algo mais dirigido ao "povão". Amigo, você acha mesmo necessário? Não acha que o mercado, apinhado de gamers e youtubers , já saturou? Tem já tanto troço dirigido a esse "povão" que lê e assiste à críticas positivas dos mesmos jogos de sempre, que se eu me metesse nisso me tornaria redundante. E note a coerência democrática dos meus textos. Logo, patriota, teço minhas linhas destinadas a esse parco (mas fiel) 0,3% dos leitores.
A última queixa do leitor é que, ao comprar um de meus livros (de tiragem exclusivíssima), este se esfacelou nas mãos e a Amazon se negou a trocá-lo. Meu velho, se nada funciona aí no Reino dos Cogumelos, por que haveriam as editoras e gráficas de funcionar?
Finalmente, me perdoe não ter tempo de responder em carta. Aprecio muito que me escrevam e continuem.