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  • Foto do escritorThiago Barcellos

Os 10 melhores filmes de animação dos últimos tempos (que não são anime), segundo a gente




Animes são ótimos, claro, e a gente ama de paixão.


E quando se pensa em filmes japoneses, logo nos vêm à mente sucessos estelares como A Viagem de Chihiro (vencedor do Oscar de melhor animação) e Akira (um dos filmes japoneses mais influentes da história).


Mas nem só de Hayao Miyazaki e Katsuhiro Otomo vivem as nossas retinas, certo?


Com um grande número de seguidores que continua substancialmente a crescer a cada ano, os filmes de animação japoneses ganharam popularidade e fãs ardorosos no mundo ocidental.


No entanto, várias obras advindas de outros lugares do mundo merecem tanto elogios quanto atenção.


Dito isto, elencamos - sem qualquer modéstia - nossas animações prediletas vindas de tudo quanto é recôndito do globo.




10. $ 9,99 (Austrália / 2008)



O único longa-metragem da diretora israelense Tatia Rosenthal (até o momento), é esta curiosa animação australiana feita apenas para adultos.


Com uma abordagem muito mais realista e filosófica para o formato, $ 9,99 é uma colagem de histórias centradas em torno dos inquilinos de um prédio de apartamentos em Sydney.


As lendas australianas Geoffrey Rush e Anthony LaPaglia lideram o elenco de vozes. Ousado (para dizer o mínimo), $ 9,99 é um filme sobre o significado da vida, ao passo que se discute preocupações várias de cunho existencial.



9. Dilili em Paris (França / 2019)



Autor da trilogia Kirikou, que, no final dos anos 1990, ajudou a mudar o rumo da animação na França, Michel Ocelot, considerado um dos grandes animadores contemporâneos, escolheu a Cidade Luz de Picasso, Proust e Santos Dumont como cenário para a história de Dilili, uma menininha da Nova Caledônia em plena efervescência da Belle Époque.


A animação é um pretexto para voltar a um dos mais ricos, fascinantes e bem frequentados períodos que já existiram.



8. Chico E Rita (Espanha / 2010)



Bem antes de La La Land, havia Chico e Rita.


Romance influenciado pelo jazz, o filme marca a colaboração entre o artista espanhol Javier Mariscal e o aclamado cineasta Fernando Trueba.


A animação conta a história de amor de décadas entre um pianista cubano e uma linda jazzista. Um belo passeio por Cuba antes da revolução, uma homenagem aos ritmos dos anos 1948, ao bolero, ao jazz, à batida caribenha e a mestres como Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Tito Puente e Chano Pozo.


Vencedor do Goya de Melhor Filme Animado em 2011 e indicado ao Oscar de Melhor Filme de Animação em 2012.



7. As Bicicletas de Belleville (França / 2003)



O longa de apenas 80 minutos nos mostra a vida de uma família composta pela diminuta Madame Souza e seu neto Champion. Preocupada com a melancolia infindável do neto, ela tenta alegrá-lo com um piano, um cachorro e, finalmente, com uma bicicleta, a qual se torna seu instrumento de trabalho.


Lançado em 2003, o filme conquistou seguidores leais e continua a receber aclamação da crítica.


Um filme sem falas, mas que diz um monte. O enredo traz críticas e reflexões à vida em sociedade abordando vários temas caros à sociedade contemporânea como o consumismo exacerbado, a depressão, a obesidade, entre outros.



6. Planeta Fantástico (França / 1973)



Muito possivelmente um dos filmes de animação visualmente mais bizarros já lançados, o primeiro longa-metragem do cultuado René Laloux conquistou uma reputação própria entre a comunidade do cinema underground.


Graças em parte à restauração e lançamento pela The Criterion Collection, este filme psicodélico de ficção científica continua a ser uma das maiores esquisitices da animação francesa.


Altamente alegórico, a obra segue a luta pela liberdade empreendida por um grupo de humanoides oprimidos contra seus gigantescos captores azuis.


Inebriante e profundamente estranho.



5. A Ganha-Pão (Irlanda / 2017)



O filme de Nora Twomey se concentra na dura história de uma jovem no Afegã que deve assumir as funções de arrimo de família. Aqui, o esplendor escapista dos conto-de-fadas saem de cena para dar lugar ao sofrimento causado por um mundo injusto.


Twomey não cai na mera indulgência da violência gráfica pura e simples, mas a sua contenção e sutileza não escondem o horror da situação.


Ver este filme como uma forma de ensinar às crianças a conturbada história política do Afeganistão é muito ingênuo, mesmo que um prólogo expositivo nos possa dar tal ideia.


No entanto, como modo de abrir os olhos à dura realidade da vida sob um regime fundamentalista islâmico, é sublime, carregado com uma dose de maturidade que nunca trai a inocência juvenil.


4. Valsa com Bashir (Israel / 2008)



Certamente um dos filmes mais emocionalmente complexos e exaustivos já animados, Valsa com Bashir tira seu enredo e poder da experiência da vida real do diretor Ari Folman quando lutou na guerra do Líbano em 1982.


Enquadrado em torno da tentativa de Folman em recuperar suas memórias reprimidas do trauma que experimentou como um soldado de 19 anos, o filme tece em reflexões sobre a maleabilidade da memória e a natureza do dever cívico.


Visão brilhante - e séria - dos efeitos da guerra, o filme é uma prova das aplicações terapêuticas do cinema.



3. Uma Viagem ao Mundo das Fábulas (Irlanda / 2009)



Fantasia celta ambientada no século IX ou um filme-denúncia sobre o fato de a Irlanda ter se desvencilhado dos próprios costumes e se adequando a um cristianismo tardio?


Talvez, as dias coisas.


Pra piorar, os irlandeses são um povo verbal, preservando lendas na história e na música; poucos habitantes de Dublin, no entanto, não sabem que o Livro de Kells repousa no Trinity College.


O filme tem um apelo amplo, mas com uma lacuna no meio. A animação vai agradar, sobretudo, aos amantes da literatura e da fantasia medieval. Para uma outra parcela de espectadores - a geração danificada pelos Transformers de Michael Bay -, essa pequena obra-prima parecerá ter sido produzida em uma língua estranha e desconhecida.



2. Um Gato em Paris (França / 2010)



Uma mistura genial entre film noir e family film, a animação conta a história de um gato de estimação que trabalha como ladrão profissional em Paris.


O suspense e a narrativa combinadas com as imagens deslumbrantes de Paris à noite, junto com algumas sequências de roubo inteligentes, tornam o filme uma joia para todos os públicos que desejam algo diferente da animação convencional.


Com pouco mais de uma hora, é uma aventura leve, mas visualmente charmosa mesclada a uma estética deliciosamente idiossincrática - algo entre a Art Déco e o Cubismo.


Absolutamente recomendável.



1. Persépolis (França E Irã / 2007)



A paleta visual do filme espelha o belo e engenhoso estilo preto e branco do material original que complementa o tom nostálgico e corajoso da narrativa do filme.


Persépolis é nada menos que um triunfo e um importante olhar sobre um pedaço da história mundial muitas vezes esquecido.


O filme foi indicado ao Oscar, mas infelizmente perdeu para Ratatouille, da Pixar .



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